quarta-feira, janeiro 09, 2008

Ano novo, vida... velha.

Acho realmente muito engraçado este pensamento de que as coisas vão milagrosamente melhorar com a passagem do ano. Afinal de contas, não deixa de ser apenas mais um dia como tantos outros do calendário – dias estes que não damos a menor importância, justamente por serem apenas mais um dia como todos os outros! Háhá!

Acho engraçado, engraçado mesmo.

Tem também a “tradição” de usar branco na hora da virada. Quem usar outra cor, como preto, por exemplo, ou é satanista ou não dá a mínima pra paz no mundo. Mas quem faz, garante que funciona, e eu acredito. Tá aí o Rio de Janeiro que não me deixa mentir.

Garanto que todos usaram roupa preta meia-noite, aqueles cretinos egoístas.

E as promessas? Essas são as melhores! Parar de fumar, emagrecer, ganhar na loteria, ser mais atencioso, e blá blá blá. Aham. Tá bom. No próximo ano novo, enquanto fazemos as mesmíssimas promessas, é que a gente percebe o quanto é medíocre.

Não vou nem comentar sobre as 738.948.958 ondinhas e as toneladas de lentilha – tanto no prato quanto na carteira, mofando o ano inteiro – semente de uva, de jaca, sei lá mais o quê. A criatura nunca come lentilha, chega o reveillon e se empanturra, querendo ficar rico.

Desde quando rico come lentilha, pelamordedeus?

Por estes e outros motivos, as minhas promessas de ano novo foram bem básicas: não quero nada, não vou fazer nada, não vou me esforçar pra ser amiga de ninguém. Pronto. E não pense que este é um pensamento “o que vier é lucro”.

Eu simplesmente não preciso esperar outro ano começar para fazer as coisas que eu quero.