segunda-feira, novembro 27, 2006

Final de semestre é sinônimo de:
A) MUITOS trabalhos, geralmente em grupo. O que, particularmente, eu detesto;
B) Provas, provas e mais provas;
C) Correr atrás de todos os textos e livros que eu não li ainda e que são pra ontem.

Mas isso tudo é um tanto quanto óbvio - até para uma reles caloura como eu. O que não está tão óbvio assim é por quê diabos eu não estou nem um pouco motivada para fazer nenhuma dessas coisas.
É como uma pessoa que tem um péssimo relacionamento com alguém, mas, por algum motivo, não consegue se separar dela. Fica insistindo numa coisa que não a completa mais, com a esperança de que amanhã as coisas melhorem, mas isso nunca acontece.
Eu sei que é cedo demais para tirar conclusões como estas, mas eu não consigo evitar. Também me recuso a acreditar que tanto esforço não valeu de nada; afinal, como é possível uma certeza que parecia clara como água ficar tão turva de repente?

quarta-feira, novembro 22, 2006


Hoje foi aniversário de vinte e um anos do meu irmão. Sem querer ser auto-referente (mas já sendo), me lembrei do meu, pois a minha mãe teve a mesma idéia de encher balões e pendurá-los no teto, pra tentar fazer surpresa. Enquanto enchíamos, ela me contou de como ela, a minha avó e a empregada (diarista, na verdade) enchiam e penduravam correndo os balões no meu quarto, antes que eu chegasse do cursinho. Pena que, justo neste dia, eu cheguei mais cedo e estraguei a surpresa.
Em todos os meus aniversários, era de praxe minha avó me olhar e falar a mesma coisa: "Um dia desses, tava no meu colo. Será que eu vejo o próximo aniversário dela?"
E ela sempre via. E sempre repetia a mesma pergunta, ano após ano.
Então, ao ouvir o tão tradicional bordão, confesso que nem prestei muita atenção. Dei a risadinha de sempre, o abraço de sempre, e disse o de sempre: "Deixa de ser boba, dona Ester. Você ainda vai ver aniversário dos seus bisnetos". "Se Deus quiser, minha filha. Se Deus quiser", respondia ela, com sua risadinha gostosa tão peculiar.
É... Hoje não teve pergunta alguma.
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Vi uma velhinha na parada de ônibus hoje. Fiquei me perguntando o que ela estaria fazendo ali, sozinha, praticamente implorando para alguém ajudá-la a subir num ônibus. É tão comum que a gente nem nota; acho que eu prestaria atenção se a pergunta fosse feita hoje.

domingo, novembro 19, 2006

É bom quando as coisas começam a tomar certo rumo. Se alguém me perguntasse a cerca de três meses atrás se eu estava absolutamente certa de minhas escolhas, provavelmente esta pessoa receberia uma resposta insegura, titubeante. Agora não... Creio que não. As coisas mudaram. Como eu disse, tomaram rumo. Acho que nunca me sentirei completamente inserida, mas ao menos já não me sinto mais um alienígena.
Tenho medo do novo, e isso é fato. Tenho medo de perder as coisas - e pessoas - que conquistei ao longo dos anos, já que sempre tive problemas quando o assunto é ter intimidade com as pessoas.

Porém, a cada dia um novo passo é dado. Porque, para mim, perpetuidade é imperativo. Mesmo que demore para começar, vale a pena esperar.