quarta-feira, novembro 22, 2006


Hoje foi aniversário de vinte e um anos do meu irmão. Sem querer ser auto-referente (mas já sendo), me lembrei do meu, pois a minha mãe teve a mesma idéia de encher balões e pendurá-los no teto, pra tentar fazer surpresa. Enquanto enchíamos, ela me contou de como ela, a minha avó e a empregada (diarista, na verdade) enchiam e penduravam correndo os balões no meu quarto, antes que eu chegasse do cursinho. Pena que, justo neste dia, eu cheguei mais cedo e estraguei a surpresa.
Em todos os meus aniversários, era de praxe minha avó me olhar e falar a mesma coisa: "Um dia desses, tava no meu colo. Será que eu vejo o próximo aniversário dela?"
E ela sempre via. E sempre repetia a mesma pergunta, ano após ano.
Então, ao ouvir o tão tradicional bordão, confesso que nem prestei muita atenção. Dei a risadinha de sempre, o abraço de sempre, e disse o de sempre: "Deixa de ser boba, dona Ester. Você ainda vai ver aniversário dos seus bisnetos". "Se Deus quiser, minha filha. Se Deus quiser", respondia ela, com sua risadinha gostosa tão peculiar.
É... Hoje não teve pergunta alguma.
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Vi uma velhinha na parada de ônibus hoje. Fiquei me perguntando o que ela estaria fazendo ali, sozinha, praticamente implorando para alguém ajudá-la a subir num ônibus. É tão comum que a gente nem nota; acho que eu prestaria atenção se a pergunta fosse feita hoje.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ultimamente eu não tenho entrado na internet com a mesma freqüência e assim fica difícil ver algumas coisas que muito me interessam, mas mesmo assim venho pro computador com a desculpa de estar vendo alguma coisa relacionada com o vestibular e deixo algumas das minhas mensagens repetitivas no seu orkut no fotolog e fico lendo os textos que você escreve... isso só me da mais saudade.
não vejo a hora de entrar de ferias e estar perto de você enquanto você escreve!
te amo